Há mais de um mês tenho a impressão de que não existe mais o
que fazer em momentos matutinos. É como aquele buraco no ser humano que muitas
vezes é preenchido pela religiosidade, só que na minha agenda. Um vazio que tem
sido preenchido por discussões pontuais, mobilizações rápidas e votações
vazias. Além desses eventos, existem ainda grandes espaços em vácuo. Isso
porque estou envolvido até o pescoço.
Antes do começo dessa mudança repentina, eu disse não. Eu e
algumas minorias. Mas como minorias não mandam nem são mandadas, tivemos que
acatar o que uma massa decidiu libertinamente. E foi interessante! De uma hora
para a outra as minorias e eu nos tornamos aquilo que a maioria deveria
tornar-se, mas que por infortúnio do destino ou simples lei de Newton não
aconteceu.
Eis que assim como ato de Houdini, aqueles que me impuseram
o vácuo desapareceram nele, e de tempos em tempos assombram os que restaram no
mapa astral do que hoje posso chamar de Campus. Esses espectros querem saber
sobre seu legado e quando serão liberados de sua pena por não honrarem o
compromisso de lealdade feito em sua cerimônia de nomeação.
Eis que então é dado o recado: Saiam de suas covas, espíritos
prematuros! Reencarnem para saldar sua dívida! Utilizem suas armas uma vez mais
e venham derrotar o inimigo que tanto fez até que chegassem a esse ponto! Vivam
e deixem morrer!
Mesmo não convencendo esses seres, algo foi plantado em suas
mentes: que a culpa por estarem assim não era dos inimigos ou de aliados que
não puderam fazer algo para ajudar, mas sim que eles mesmos não se ajudaram e
fugiram em batalha.
Em um último discurso entre os aliados e conspiradores, dei
um grito de Wallace e cobrei valores que são indispensáveis na grande luta pelo
que se tem como prioridade: paixão, vontade, perseverança e unidade. Não se
pode vencer sem esses pré-requisitos. Não se pode manter-se de pé sem isso. Não
se pode começar algo sem eles.
E foi então que joguei na bolsa da esperança o mundo. Um
mundo meu. Um mundo de muitos. Um mundo de todos. Um mundo daqueles que sentem
o bem, pensam o ser e querem a igualdade nas diferenças. Um infinito que começa
com e.
Não é por ser a favor da greve que acho o texto muito bom. Mostra que, para quem quer ver que é só abrir os olhos e já será possivel entender a causa maior imposta. Realmente é muito ruim para uns, mas se pararmos pra pensar nos futuros de nossos filhos ou até nosso, nas faculdades que estão por vir, a luta seja justificada. Então, se você é favor, continue com todas as forças e armas possiveis, logicamente sem violencia. Se você for contra, só entenda que isso é por uma causa muito maior do que seu umbigo e fique fora disso. Só não atrapalhe quem quer a evolução de uma sociedade que tem tudo pra ser o futuro do planeta, mas que perde em indices de educação para muitos que ainda são considerados não evoluidos.
ResponderExcluirO cara falou tudo !
ResponderExcluirAnonimo não sabe do que está falando... não entendeu o texto não? Ele ta dizendo que foi contra a greve na votação mas que arregassou as mangas para defender o que muita gente votou a favor mas foi dormir, viajar, passear, bestar e não foi lutar.Entendeu agora, quem é q ta vendo só o umbigo agora?
ResponderExcluirAcontece que por não participarem constantemente dos meios acadêmicos, os alunos estão sofrendo com a alienação. A mensagem chave é: tenham coragem para deixar seus medos mesquinhos de lado e lutar por uma causa nobre: por todos, para todos e bem quista por todos.
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