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Capra - If I Was

Da série "Bandas pouco conhecidas que merecem ser reconhecidas"

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Esse tempo que não é meu

Hoje, quero escrever simples. Estou vivendo num tempo que não é meu. Há dias que não me sinto dono dos meus dias. Habitante da minha casa. Sujeito dos meus direitos e das minhas obrigações. Vivo agora o ontem do amanhã, que ainda não vejo. Existo, me movimento, mas não sei para onde vou, porque agora dependo do tempo de algo ou de alguém que ainda não tenho como referência. Já escrevi outras vezes sobre o tempo. Em todas elas, a minha relação com essa grandeza da física estava mais afinada. Eu tinha mais segurança para perceber o desenrolar das coisas de maneira contemplativa e analítica. Era possível até desejar. Neste momento, o tempo está levando embora o meu desejo, me acordando antes dos sonhos doces e esticando os prazos da espera por respostas. Foram dezesseis anos de formação técnico-científica: do curso Técnico em Informática, passando pelo Direito, pelo mestrado e pelo doutorado em Arquitetura e Urbanismo. Mesmo com uma pandemia no meio, esse tempo todo foi meu. Eu me sentia ...

A fuga da paixão na curva da indiferença

3:50 da madrugada. Era quase segunda-feira. Quase porque a noite ainda não tinha cedido. O olho cerrado enxergava um cinco no lugar de um três. Era quase um seis, mas não fazia nem três que havia dormido. Pensei: posso dormir até às 8. O novo sonho do bloco das 4 trazia algumas paixões. Como é da natureza delas, me carregaram com conforto até um "êxtase inebriante", que fez com que meus olhos imaginários brilhassem enquanto falava com um convertido sobre o que me fazia escolher o que havia escolhido. Falava naquele sonho sobre processo de escolha e a curva da indiferença. Eram as minhas paixões se cruzando, mesmo que elas nunca tivessem conversado comigo mais do que uma frase cada. Não havia sentido naquele sonho, como não havia sentido naquele contato. Por não haver sentido, nem sonho, nem contato foram suficientes para que o desejo de ficar naquele momento de paixões permanecesse. Quando foi às 4:50, o bonde do desejo seguiu seu caminho e deu espaço para uma trava no olho e...

A arte de andar nas ruas (até 01 de janeiro)

Caminhando em direção a lugar nenhum na pequena cidade onde moro tenho uma dificuldade momentânea repetitiva de passar pelas calçadas. Que problema é esse? Madeira de lei obstruindo as vias de circulação. Não a madeira bruta e simplesmente derrubada, mas sim talhada e bem trabalhada em marketing e maquiagem, com formas, tamanhos, poses e promessas diferentes. Já sacou? Recentemente, perto daqui, algumas imagens dessas criaturas pegaram fogo e foram devidamente removidas dos locais de trânsito das pessoas. Ora, já vai lascar a vida das pessoas por 4 anos, por que motivos tem que obstruir passagem do sujeito? Fosse a miss Brasil candidata a prefeita ainda daria vontade de ver cartazes por todos os cantos, mas uma hora enjoa! Ainda mais quando se conhece um histórico de grandes pescarias de "agulhões" entre os familiares. Por isso que o povo do litoral é foda! Voltando ao ponto, é interessante que por mais que existam leis que deveriam servir para todos - inclusive para...