De vez em quando a gente se pega no meio da noite com cada situação de agarrar os lençóis mais forte e secar o suor que aparece, seja pelo medo de estar caindo, seja pela força do momento, pelo cenário escuro ou pelo simples medo de estar só. Acorda de pronto e vê que não dá pra ver nada. Está tudo escuro, tudo bem. Tranquilo e calmo, algumas vezes friozinho, outras com um barulhinho de fundo, propício para um sono bom. E por que você acordou? São nem 4 horas da manhã, sendo que você foi dormir às 2, e foi pego por um momento que não pode sair (sim, isso é daquela música do U2).
E isso não está acontecendo uma só vez. Durante um bom tempo isso se repete e parece cada vez mais confuso. Afinal de contas, a única coisa que se quer nessas horas é parar este ciclo. Eu mesmo quero, há algum tempo, voltar a ter o vigor do início da nova jornada. Meu pensamento se volta todo para este objetivo. Mas as ações... Drummond diria que tem uma pedra no meio do caminho.
Sonhos de pedra e pesadelos têm coisas em comum: um peso (isso mesmo, uma força que tende para o chão) que você começa a carregar sem nem ao menos perceber. Não é a toa que se chama PESAdelo. Às vezes é uma coisa que fica lá no fundo do iceberg do teu ser. Não, na maioria das vezes o é. E fica lá, bloqueando a passagem das águas da vida. Uma bela pedra no meio do teu leito. E não tem jeito, ela vai ficar lá, paradinha.
Para remover uma pedra dessas, dependendo do material que a constitui, das suas dimensões e até mesmo do lugar onde ela se enfiou, vai demandar um esforço enorme. E você sabe que ela não vai rolar sozinha cachoeira abaixo, sumindo num passe de mágica. Tem que futucar aquele treco. Por mais que seja um fardo, algumas vezes. Algumas opções para isso podem ser encontradas na sabedoria popular, e uma delas se encaixa perfeitamente no caso: "água mole, pedra dura, tanto bate até que fura". É um convite para acelerar as águas da sua vida. Afinal de contas, só água com uma boa pressão consegue fazer a proeza do dito popular. Acelerar as águas da sua vida não significa dizer para si mesmo "esquece tudo e segue a vida", mas sim "se esforce mais para chegar do outro lado".
Se, por acaso, você tem dificuldade de fazer esse esforço solitário, como é o meu caso, há outro ditado que diz que "uma andorinha só não faz verão", então procure alguém para te ajudar a tirar a pedra do rio da sua vida. Só não se esqueça de não jogá-la no rio do outro, aí seria, no mínimo, sacanagem.
Porém, para outras pessoas, como eu, que não conseguem escolher alguém para ajudar na árdua tarefa de remover a pedra do caminho, há uma complicação danada. Como fazer então? Viver com a pedra no meio do caminho, esperando que venha alguém especial e diferenciado ajudar na remoção? (é a hora em que eu estaria batendo palminhas e dizendo "SIM! É ISSO AÍ!" - pobre "eu romântico") Sentar no meio do caminho e esperar a água fazer seus meandros ao redor da pedra, mesmo que isso faça passar menos água pelo rio da sua vida? Pegar as coisas e mudar de rio? Ou fazer um desvio do caminho das águas? Que gasto de energia, hein?
Vou te contar o meu plano: estou aqui, sentado em casa, escrevendo este texto. Pode chamar de convite. Se quiser que eu junte contigo para removermos algumas pedras por aí, estou disposto a fazê-lo. Se depois disso eu ainda tiver alguma pedra no meu rio, talvez a gente possa tirar. Se não puder, paciência.
E obrigado!
E obrigado!
Muito a aprender você ainda tem jovem padawan. :)
ResponderExcluirobrigado por me dar essa informação frodo bolseiro
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