Já ouviu a frase acima? Já leu em algum post, viu em algum filme ou tem uma remota recordação de algum dizer semelhante? Essa frase me apareceu numa postagem do Instagram, feita pelo Rud (um dos meus dois sobrinhos adotados, pessoas que me chamam carinhosamente de tio, apesar de eu não parecer). Na imagem, um sujeito de terno com estatura aparentemente mediana; atrás dele está algo como o Hulk, algo em potencial. O Hulk bem maior, claro. E isso me fez pensar muitas coisas...
Gostaria de dizer, antes de qualquer outra coisa, que eu me considero um sujeito de baixa estatura. Por volta de 1,70 m quando acordo e 1,695 m ao longo do dia, quando a gravidade faz sua mágica. Quando vejo gente com mais de 1,80 já fico um pouco acanhado, porque vejo essas pessoas grandes e proporcionais com admiração por algo que nunca poderei ser. Anatomicamente falando, já foi minha época de espichar. Geneticamente falando, estou condenado a ser 'um Little aqui, um Little lá'. Isso me deixa um pouco down de vez em quando (desculpe o trocadilho com tamanho, mais uma vez), mas não chega a ser motivo para transtorno psicológico relevante. No fim das contas, consigo fazer várias coisas que essas pessoas fazem e até algumas que não conseguem. E aí é que está: esse é o meu tamanho, aqueles são os dos outros.
Ser do tamanho que você pensa que é não tem muito a ver com estatura. O Rud escreveu isso no post como subtítulo. O que importa de verdade para perceber o seu tamanho é o seu referencial. Estamos falando de grandezas escalares (sim, física). Para quem não se recorda, existem grandezas escalares e vetoriais, em teoria. Os vetores são indicados por módulo, direção e sentido. Exigem uma representação mais detalhada do que as escalares. Estas, por sua vez, conseguem ser representadas por números e por convenções (unidades físicas, por exemplo, o metro). Aqui chegamos ao ponto nevrálgico: se tomarmos por referência o metro em comparação ao ano-luz, é quase impossível imaginar a escala entre esses dois pela nossa concepção de espaço que vivenciamos no dia-a-dia.
Pensar o seu tamanho é pensar também o seu contexto. Perceber quais são seus referenciais. O que te circunda. Com quem você anda. O que você tem feito e o que quer fazer. Não é se afundar no pensamento de que você se basta, pois se a sua referência for você mesmo, o seu ego, sua escala será minúscula, por mais que se sinta grande. Como na fábula da águia que foi criada com as galinhas e quando olhava para o céu dizia "como queria voar como essas águias" e suas companheiras galinhas diziam "você quer o impossível! Seu lugar é no chão." O seu tamanho precisa de uma métrica e de um referencial, caso queira alcançar outros níveis. E se não quiser, tudo bem. É a métrica e é o referencial que fazem sentido para você.
Hoje eu me vejo pequeno. Não em relação à estatura. Não em relação ao meu amigo Matheus, que tem 1,94m. Eu me sinto pequeno em relação ao Universo. À infinidade abundante de amor expressa em energia e matéria que existe (se não são a mesma coisa, afinal). Dessa forma, quem sou eu, perante essa imensidão, para dizer que sou alguma coisa? Quem sou eu para julgar o outro e sua forma de viver diferente da minha e tentar forçá-lo a acolher a minha métrica?
Eu me torno aquilo que faz sentido para mim. Eu me cerco das pessoas que me fazem ser melhor. Mas faço isso recebendo da vida aquilo que ela tem para oferecer, no dia-a-dia, nos acasos. Minhas grandezas vetoriais foram estabelecidas quando decidi quais valores me direcionariam, os princípios que me norteiam. Tudo que eu precisava era delimitar minhas escalas e referências. Eu não quero ser grande. Não quero ser maior que os outros. Quero apenas continuar crescendo na direção do infinito das possibilidades do ser.
Qual o tamanho do seu ser? Quão grande ou pequeno ele parece? Em relação a quê? Se sua métrica fizer sentido, você já terá as suas grandezas.
Gostaria de dizer, antes de qualquer outra coisa, que eu me considero um sujeito de baixa estatura. Por volta de 1,70 m quando acordo e 1,695 m ao longo do dia, quando a gravidade faz sua mágica. Quando vejo gente com mais de 1,80 já fico um pouco acanhado, porque vejo essas pessoas grandes e proporcionais com admiração por algo que nunca poderei ser. Anatomicamente falando, já foi minha época de espichar. Geneticamente falando, estou condenado a ser 'um Little aqui, um Little lá'. Isso me deixa um pouco down de vez em quando (desculpe o trocadilho com tamanho, mais uma vez), mas não chega a ser motivo para transtorno psicológico relevante. No fim das contas, consigo fazer várias coisas que essas pessoas fazem e até algumas que não conseguem. E aí é que está: esse é o meu tamanho, aqueles são os dos outros.
Ser do tamanho que você pensa que é não tem muito a ver com estatura. O Rud escreveu isso no post como subtítulo. O que importa de verdade para perceber o seu tamanho é o seu referencial. Estamos falando de grandezas escalares (sim, física). Para quem não se recorda, existem grandezas escalares e vetoriais, em teoria. Os vetores são indicados por módulo, direção e sentido. Exigem uma representação mais detalhada do que as escalares. Estas, por sua vez, conseguem ser representadas por números e por convenções (unidades físicas, por exemplo, o metro). Aqui chegamos ao ponto nevrálgico: se tomarmos por referência o metro em comparação ao ano-luz, é quase impossível imaginar a escala entre esses dois pela nossa concepção de espaço que vivenciamos no dia-a-dia.
Pensar o seu tamanho é pensar também o seu contexto. Perceber quais são seus referenciais. O que te circunda. Com quem você anda. O que você tem feito e o que quer fazer. Não é se afundar no pensamento de que você se basta, pois se a sua referência for você mesmo, o seu ego, sua escala será minúscula, por mais que se sinta grande. Como na fábula da águia que foi criada com as galinhas e quando olhava para o céu dizia "como queria voar como essas águias" e suas companheiras galinhas diziam "você quer o impossível! Seu lugar é no chão." O seu tamanho precisa de uma métrica e de um referencial, caso queira alcançar outros níveis. E se não quiser, tudo bem. É a métrica e é o referencial que fazem sentido para você.
Hoje eu me vejo pequeno. Não em relação à estatura. Não em relação ao meu amigo Matheus, que tem 1,94m. Eu me sinto pequeno em relação ao Universo. À infinidade abundante de amor expressa em energia e matéria que existe (se não são a mesma coisa, afinal). Dessa forma, quem sou eu, perante essa imensidão, para dizer que sou alguma coisa? Quem sou eu para julgar o outro e sua forma de viver diferente da minha e tentar forçá-lo a acolher a minha métrica?
Eu me torno aquilo que faz sentido para mim. Eu me cerco das pessoas que me fazem ser melhor. Mas faço isso recebendo da vida aquilo que ela tem para oferecer, no dia-a-dia, nos acasos. Minhas grandezas vetoriais foram estabelecidas quando decidi quais valores me direcionariam, os princípios que me norteiam. Tudo que eu precisava era delimitar minhas escalas e referências. Eu não quero ser grande. Não quero ser maior que os outros. Quero apenas continuar crescendo na direção do infinito das possibilidades do ser.
Qual o tamanho do seu ser? Quão grande ou pequeno ele parece? Em relação a quê? Se sua métrica fizer sentido, você já terá as suas grandezas.
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