Faz mais um ano desde que você partiu, mas eu ainda sigo os poucos rastros que fiz questão de guardar comigo. Seria esse o momento de deixar que se vá?
Já é quase a virada da madrugada, quando não se sabe em que dia estamos. O fato de ser tarde se junta ao momento de estar só e faz lembrar daquilo que foi, que poderia ser. Do lado de fora, barulhos estranhos espantam o que talvez fosse tristeza, mas que na verdade é plena saudade. Momentos que não vão voltar, porque agora não há mais aquele caminho para trilhar. Juliet finalmente se foi e junto com ela os cacos que quebrou do meu coração, agora remendado e que aos poucos cicatrizou até a última fenda, tornando-se um pouco mais rústico, porém bem mais sensível e maleável, abrindo-se para as sensações que nele quisessem entrar.
Não tenho mais o que falar sobre Juliet. Nem sei mais quem é. Não tenho noção de como se parece agora. Mas o bom sentimento que fora nutrido permanece. E foi assim que superei.
Depois de Juliet vários foram os nomes, rostos e formas. Cada uma em sua intensidade e gostos. Uma diversidade linda, plena e verdadeira, com confidências exclusivas, especiais, mas sem qualquer exclusividade. Aprendi que era preciso aprender com Juliet e explorar a liberdade, não me prender a situações e buscar conexões que fizessem sentido. Que não era interessante me perder enquanto me perdia em alguém. É preciso presença. É preciso tato. É preciso saber que se é alguém e que, junto de si, há outro alguém.
Hoje estou só. Desesperado. Buscando esse contato. Mas não quer dizer que não me sinta bem estando comigo, é só a lua em câncer. Me deu muita vontade de poder compartilhar um pouco do meu mundo e poder ter o mundo do outro compartilhado comigo. Um momento de sinergia e um poço de sensações bem profundas. É o momento de interiorizar e, se possível, trocar afeto. Para que ninguém tenha que enfrentar seus demônios sozinhos.
Hoje estou só. Desesperado. Buscando esse contato. Mas não quer dizer que não me sinta bem estando comigo, é só a lua em câncer. Me deu muita vontade de poder compartilhar um pouco do meu mundo e poder ter o mundo do outro compartilhado comigo. Um momento de sinergia e um poço de sensações bem profundas. É o momento de interiorizar e, se possível, trocar afeto. Para que ninguém tenha que enfrentar seus demônios sozinhos.
Eu estou só e com saudades, então o tato é o sentido do momento. Pode ser um olhar também. Mas as paredes brancas não o podem fazê-lo.
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